Processo de beatificação e de canonização da Madre Vitória da Encarnação foi instalado
Religiosa
Publicado em 20/11/2019

A tarde desta terça-feira, dia 19 de novembro, foi histórica para a Arquidiocese de Salvador. No Convento Santa Clara do Desterro inúmeros fiéis se reuniram para acompanhar a abertura oficial do processo de beatificação e canonização da Serva de Deus Madre Vitória da Encarnação. O evento teve início com uma oração conduzida pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, seguido da leitura do Evangelho escrito por São Mateus, proferida pelo postulador da Causa dos Santos, frei Jociel Gomes da Silva, OFMCap.

No primeiro momento aconteceu a leitura da carta enviada por Dom Murilo ao cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, pedindo a abertura do processo de beatificação e de canonização da Madre. “Três meses depois do envio desta carta, um tempo considerado recorde, porque dentro da congregação costuma-se responder entre seis meses e um ano, Dom Murilo recebeu a resposta do cardeal”, afirmou o postulador lendo, em seguida, a resposta enviada pela Congregação.

Em seguida foi lida a nomeação do postulador, feita pela presidente da Federação Sagrada Família da Ordem das Clarissas no Brasil, Irmã Maria José da Rosa Mística de Santa Clara. Também foi lido, pelo chanceler da Arquidiocese de Salvador, padre Antônio Ademilton de Santa Bárbara, o decreto de introdução da Causa, registrando a abertura oficial da Causa da Beatificação e Canonização.

Também foi lido o decreto de nomeação dos membros da Comissão Histórica, que são o professor George Everton Sales Souza, presidente; professor frei Marcos Antônio de Almeida, vice-presidente; professora Lígia Evelyn, professor frei Ulisses Pinto Sobrinho e professor Thiago Felipe Lima da Matta.

Já Tribunal da Causa será formado por padre Edézio de Jesus Ribeiro, juiz-delegado; monsenhor Walter Jorge Pinto Andrade, promotor de justiça; padre Erivaldo Santana Crispim, notário; professor Daniel Santos Oliveira, notário adjunto. Diante do Arcebispo, e com a mão direita sobre o Evangeliário (livro dos Evangelhos), os membros constituídos para as comissões e o postulador da Casa fizeram o juramento.

Além de Dom Murilo e do frei Jociel, formaram a mesa desta sessão solene os bispos auxiliares de Salvador, Dom Marco Eugênio Galrão e Dom Estevam dos Santos Silva Filho; o Arcebispo da Arquidiocese de Feira de Santana, Dom Zanoni Demettino de Castro; as abadessas dos mosteiros de Caicó e Mossosó, Irmã Maria Amabilis e Irmã Maria Auxiliadora; e a superiora da Congregação das Franciscanas do Coração de Jesus, Irmã Lúcia.

“Agora abre-se um processo que vai examinar a vida, obras e tudo aquilo que for sobre a Madre Vitória da Encarnação. É um processo, normalmente, longo, ainda mais no caso de Madre Vitória que não se tem muitos elementos históricos. Temos um documento importantíssimo que é a biografia dela, escrita por um homem muito bem preparado, Dom Sebastião da Vide. Ele escreveu este livro e o publicou cinco anos após a morte, mostrando que estávamos diante de uma pessoa extraordinária”, afirmou Dom Murilo.

De acordo com Dom Murilo, acreditavam que o processo da canonização da Madre Vitória havia sido aberto, mas logo após o Arcebispo tomar posse, em 2011, escreveu para a Congregação da Causa dos Santos, em Roma, e teve a resposta de que não havia nenhum pedido. “Diante daquele material que eu tinha sobre ela, voltei a escrever para dar prosseguimento e eles me deram a liberação. Houve um apoio das Irmãs Clarissas que pediram para assumir a responsabilidade deste processo. Eu achei mais do que justo, mesmo porque são 21 mosteiros no Brasil que vão divulgar a vida e as obras da Madre Vitória da Encarnação, tornando-a mais conhecida”, esclareceu.

Além dos estudos sobre a Madre no Brasil, eles também serão desenvolvidos em Portugal, de onde era a origem das religiosas que vieram para o Brasil, e também em Roma. “Onde houver a notícia de que podem haver documentos relativos à Madre Vitória da Encarnação, nós vamos pegar para que o processo seja o mais completo possível”, afirmou Dom Murilo.

Texto e foto: Sara Gomes / Via: Arquidiocese de São Salvador -BA

 

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