Ao encerrar a Jornada Mundial da Juventude JMJ Lisboa 2023, na última mensagem aos fiéis reunidos no parque Tejo, o papa Francisco anunciou que a próxima Jornada Mundial da Juventude será em Seoul, Coreia do Sul, 2027. Antes, disse o papa, será celebrado em Roma o Jubileu para os jovens em 2025.
O papa comentou que, assim, a JMJ vai da mais ocidental capital europeia, Lisboa, para uma capital no extremo oriente, Seoul, numa demonstração da unidade da Igreja.
Fé, encontro, unidade, coragem foram as palavras mais usadas por peregrinos para expressar o que foi a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, que terminou hoje (6) com a missa celebrada pelo papa Francisco no Parque Tejo. Cerca de 1,5 milhão de pessoas participaram dos últimos eventos da JMJ, segundo os organizadores.
A JMJ Lisboa 2023 começou na terça-feira (1º) e teve como tema ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’. O papa Francisco chegou a Portugal na quarta-feira (2) e participou de quatro atos centrais da jornada junto com milhares de jovens: a acolhida na quinta-feira (3) e a via-sacra na sexta-feira (4), no parque Eduardo VII, a vigília ontem (5) e a missa de encerramento hoje, no parque Tejo.
“Uma das coisas mais marcantes da jornada foi o pedido do papa para que o jovem seja corajoso, para que os jovens não tenham medo”, disse Luana Viana, de Santo Antônio de Jesus (BA), que serviu como voluntária da JMJ Lisboa 2023.
Para ela, o próprio “trabalho dos voluntários é um trabalho corajoso”. “Hoje mesmo distribuímos mais de 300 mil kits de alimentos e se não tivéssemos jovens engajados, corajosos, disposto a trabalhar em prol do Reino do Cristo, não conseguiríamos”, disse.
“Coragem, que me fez atravessar o Atlântico, largar das semanas da minha advocacia, o meu escritório, minha equipe, meu trabalho, minha família, para estar aqui servindo a Cristo”, disse.
Para Afonso Mateus, de Luanda, Angola, “a jornada foi uma experiência maravilhosa, por poder encontrar jovens de todo o mundo, comungar com eles e ter o mesmo anseio encontrar com Jesus, encontrar o papa e partilhar com todos a mesma fé”. “Isso é uma coisa maravilhosa, algo difícil de descrever, mas muito fácil de se sentir. Nota-se no olhar dos jovens a felicidade de estar aqui”, acrescentou.
Camila Ribeiro, da diocese de Campo Limpo (SP) participou pela primeira vez de uma JMJ. Ela disse ter ficado impressionada com a presença de tantas pessoas de diferentes países e também com o “cuidado e a solenidade com o sagrado”. “Todos estão aqui juntos em uma só língua, a da fé, há uma unidade”, disse.
Para ela, “cada momento foi uma experiência nova, diferente e impactante”, que pretende “levar para as pessoas no Brasil”.
“Sentimos a Igreja viva. É inexplicável a experiência da Jornada Mundial da Juventude”, disse frei João Carlos Mello Cavalheiro, dos Frades Menores Missionários.
A irmã Betânia Filha da Esperança, da Fraternidade das Pobres de Jesus Cristo, considerou marcante “ver os jovens nos momentos de oração ver todos os corações voltados para Deus, saber que o Senhor está no meio de nós, sobretudo a contemplação dos jovens nos momentos de oração”.
“Para mim foi um momento muito especial de encontro com Deus, de encontro com esta juventude que busca Deus e que, como o papa Francisco disse, quer experimentar o amor de Deus”, disse a irmã Verônica Cristina dos Santos, do Instituto Secular das Irmãs de Maira de Schoenstatt.
O padre Wilson Fernandes, da arquidiocese de Pelotas (RS), disse que “esses dias de jornada foram momentos de graça para toda a Igreja no mundo inteiro”.
“Deus tem pressa. Assim como Maria teve pressa de ir ao encontro de Isabel, nós somos convocados, desafiados pelo papa Francisco a termos essa mesma pressa em chamar todos para essa comunhão. Na Igreja tem lugar para todo mundo. E a beleza da Jornada Mundial da Juventude é isso, essa diversidade de línguas, de povos, todos juntos em um só lugar professando a fé em Jesus”, declarou.
Bandeiras da Coreia do Sul e do Brasil no parque Tejo ao final da JMJ Lisboa 2023/ Almudena Martínez-Bordiú (ACI Prensa) / ACI Digital